Tendo em conta as manifestações no Facebook relativamente a uma pessoa que tem sido vista a mendigar no LIDL, a ASE vem informar a comunidade que não pode dizer tudo o que fez relativamente a esse individuo muito antes da situação ter vindo a público, por questões que se prendem com o sigilo devido.
Impõe-se, contudo, dizer que a ASE tentou ajudá-lo a encontrar uma solução para a sua própria vida, sendo que, no limite, o individuo assinou documento a rejeitar a solução.
Saliente-se que o trabalho da Ase não se destina apenas a dar de comer. O trabalho da ASE visa integrar quem precisa na sociedade e encaminhar quem não é capaz, para as instituições do Estado, aptas a acolher quem está nessa situação.
Acontece que todos somos livres para decidir o nosso destino.
Essa pessoa, no uso da sua liberdade, decidiu não aceitar ajuda.
Aproveitamos para informar que ninguém, em Portugal, precisa de mendigar.
O Estado Social está preparado para garantir o mínimo de subsistência a qualquer pessoa que esteja em situação de carência, com prestações previstas para as diferentes situações, de que o RSI – Rendimento Social de Inserção é um exemplo.
Aproveitamos para lamentar e repudiar a afirmação contida na fotografia que anexamos e outras idênticas, por pessoas que desconhecem o modo de atuação da ASE e os meios ao dispor de quem necessita.
A ASE recebe e distribui alimentos provenientes do Estado (através da Segurança Social), do Banco Alimentar contra a Fome, do LIDL e do Intermarché. Essas entregas são auditadas.
Ninguém da ASE faz seu nenhum desses alimentos.
Felizmente, não precisamos.
As pessoas que trabalham na instituição sabem muito bem qual é o seu papel e o valor do seu trabalho.
Não precisamos que ninguém agradeça, mas também não toleraremos ver a nossa honestidade ser colocada em causa em nenhuma situação, muito menos em praça pública.